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PROPRIÁ, SERGIPE, Brazil
Radialista há mais de vinte anos em Sergipe,DRT 628, com passagens pela Rádio Capital do Agreste AM/Itabaiana-SE, Rádio Educadora AM de Frei Paulo-SE,Rádio Cidade AM de Simão Dias-SE, Rádio Progresso AM de Lagarto-SE, Tropical Fm de Simão Dias-SE, Itabaiana Fm, e atualmente ILHA FM DE PROPRIÁ/SERGIPE.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Bosque



Tempos atrás, eu era vizinho de um médico, cujo “hobby” era plantar árvores no enorme quintal de sua casa.



Às vezes, observava da minha janela o seu esforço para plantar árvores e mais árvores, todos os dias.


O que mais chamava a atenção, entretanto, era o fato de que ele jamais regava as mudas que plantava.


Passei a notar, depois de algum tempo, que suas árvores estavam demorando muito para crescer.


Certo dia, resolvi então aproximar-me do médico e perguntei se ele não tinha receio de que as árvores não crescessem, pois percebia que ele nunca as regava.


Foi quando, com um ar orgulhoso, ele me descreveu sua fantástica teoria.


Disse-me que, se regasse suas plantas, as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima.


Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes tenderiam a migrar para o fundo, em busca da água e das várias fontes nutrientes encontradas nas camadas mais inferiores do solo.


Assim, segundo ele, as árvores teriam raízes profundas e seriam mais resistentes às intempéries.


Disse-me ainda, que frequentemente dava uma palmadinha nas suas árvores, com um jornal enrolado, e que fazia isso para que se mantivessem sempre acordadas e atentas.


Essa foi a única conversa que tive com aquele meu vizinho.


Logo depois, fui morar em outro país, e nunca mais o encontrei.


Vários anos depois, ao retornar do exterior fui dar uma olhada na minha antiga residência.


Ao aproximar-me, notei um bosque que não havia antes.


Meu antigo vizinho havia realizado seu sonho!


O curioso é que aquele era um dia de um vento muito forte e gelado, em que as árvores da rua estavam arqueadas, como se não estivessem resistindo ao rigor do inverno.


Entretanto, ao aproximar-me do quintal do médico, notei como estavam sólidas as suas árvores: praticamente não se moviam, resistindo implacavelmente àquela ventania toda.


Que efeito curioso, pensei eu…


As adversidades pela quais aquelas árvores tinham passado, levando palmadelas e tendo sido privadas de água, pareciam tê-las beneficiado de um modo que o conforto o tratamento mais fácil jamais conseguiriam.


Todas as noites, antes de ir me deitar, dou sempre uma olhada em meus filhos.


Debruço-me sobre suas camas e observo como têm crescido.


Freqüentemente, oro por eles.


Na maioria das vezes, peço para que suas vidas sejam fáceis:


“Meu Deus, livre meus filhos de todas as dificuldades e agressões desse mundo”…


Tenho pensado, entretanto, que é hora de alterar minhas orações.


Essa mudança tem a ver com o fato de que é inevitável que os ventos gelados e fortes nos atinjam e aos nossos filhos.


Sei que eles encontrarão inúmeros problemas e que, portanto, minhas orações para que as dificuldades não ocorram, têm sido ingênuas demais.


Sempre haverá uma tempestade, ocorrendo em algum lugar.


Portanto, pretendo mudar minhas orações.


Farei isso porque, quer nós queiramos ou não, a vida é não é muito fácil.


Ao contrário do que tenho feito, passarei a orar para que meus filhos cresçam com raízes profundas, de tal forma que possam retirar energia das melhores fontes, das mais divinas, que se encontram nos locais mais remotos.


Oramos demais para termos facilidades, mas na verdade o que precisamos fazer é pedir para desenvolver raízes fortes e profundas, de tal modo que quando as tempestades chegarem e os ventos gelados soprarem, resistiremos bravamente, ao invés de sermos subjugados e varridos para longe.



A lição do bambu chinês




Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada. Durante 5 anos, todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu, Mas, uma maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra está sendo construída.



Um escritor americano escreveu:


“Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês”: você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e, às vezes não vê nada por semanas, meses, ou anos.


Mas, se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5º ano chegará, e, com ele, virão um crescimento e mudanças que você jamais esperava…


O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos, de nossos sonhos… especialmente no nosso trabalho, (que é sempre um grande projeto em nossas vidas).


É que devemos lembrar do bambu chinês, para não desistirmos facilmente diante das dificuldades que surgirão.


Tenha sempre dois hábitos:


Persistência e Paciência, pois você merece alcançar todos os sonhos!


É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão.



Assembléia na carpintaria



Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia.


Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças.


Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar a causa?


Fazia demasiado barulho; e além do mais, passava todo o tempo golpeando.


O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.


Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.


A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.


Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.


Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.


Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão.


Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:


“Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes.”


A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.


Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade.


Sentiram alegria pela oportunidade de trabalharem juntos.


Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar.


Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa; ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.


É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo.


Mas encontrar qualidades… isto é para os sábios!